quinta-feira, 24 de maio de 2012

Empreguetes e a propaganda do mal

Quando se pensa nas músicas que mais fazem sucesso hoje no Brasil, feito blockbuster se for comparar com filmes, os filmes geralmente são bons, as músicas... Bem, as músicas, não! Só que o fato das músicas mais sucedidas no meio brasileiro serem ruins só é fato pois é o resultado de marketing intenso.

Esses dias tava vendo a novela das 19h na Globo e lançaram o clipe das empreguetes. Fico pensando se alguém não quis fazer um experimento com o lançamento dessa música, do quanto de sucesso que ela ia alcançar tendo como fato anterior o marketing em massa. Baseado no que segue: 

*/O clipe “Vida de Empreguete” obteve 2 milhões e 633 mil cliques até a meia-noite do último domingo (20). O vídeo foi lançado na noite do último sábado (19), na página oficial da novela. Celebridades como Michel Teló e Fernanda Paes Leme compartilharam o clipe das empreguetes de "Cheia de Charme". O vídeo chegou, inclusive, a virar trending topic mundial no Twitter./*
Será que o sertanejo universitário seria tudo que é hoje em termos de sucesso se seus representantes não tivessem tido uma enxurrada de apresentações na televisão ou, enfim, uma estratégia de marketing absurda em fazer com que as pessoas se acostumem a ouvir o que é mais fácil? Ter, em  apenas um dia, cerca de 2 milhões de pessoas acompanhando uma coisa tão banal quanto esse clipe é, na minha humilde opinião, um belo exemplo de que tudo que é jogado demais na cara das pessoas acaba sendo bem-sucedido. Até quem não gosta sabe cantar pelo menos umas três músicas do tipo, simplesmente porque entrou por osmose. O bem-sucedido aqui não é medido em parâmetros do tipo 'as pessoas gostaram ou não' e sim em 'elas viram e continuam vendo!'.
É isso que eu me pergunto. Como músicas ruins são tão mais fáceis de fazer sucesso no Brasil? Seguindo o exemplo do 'Vida de Empreguete' (que, sei lá, você pode nem achar ruim, mas só pra exemplificar), percebe-se que uma boa propaganda e marketing de massa parece suficiente já que milhões de brasileiros já estão acostumados com o que vem fácil.
Nisso, vale a pena citar a definição do Wikipédia (sim! haha) para Marketing de Massa: 
*/É a produção, a distribuição e a promocão em massa de um mesmo produto, sem que haja um maior nível de segmentação de mercado./*
E, depois de toda a enrolação que está este texto, AINDA me pergunto. Por que a grande maioria de bandas boas, que fazem muita música boa (sim, elas existem no Brasil!) não alcançam a massa popular? Sim, culpemos a falta de marketing e propaganda intensiva. Eu tenho o sério pensamento que a falta de divulgação dessas bandas não é porque elas não vendem, tenho certeza que depois de 'jogá-las' muito na cara das pessoas elas venderiam. 
Tá, mas poderia ser falado que o processo até chegar no momento que elas iriam começar a vender é muito longo. Mas existiu um processo pra chegar na venda da música chibata (ALERTA: termo nordestino), afinal o Brasil não era conhecido por ter música ruim de letras quase sempre de cunho tosco (TODOS SABEM QUE NÃO ERA), é uma coisa recente. A inversão do processo não me parece algo tão utópico.

PS.: Não incluo a Gaby Amarantos no exemplo de música chibata, por várias razões que daria outro texto absurdamente enrolado e grande como este.

5 comentários:

  1. Falou e disse Laurinha ^^

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  2. Pois é Laura, é uma maldição dos tempos modernos msm hehehe

    Tudo culpa da globo! :X

    PS: ganhei até email personalizado foi? kkk

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    Respostas
    1. hahaha Nem lembrava, mas acho que há muito tempo coloquei você numa lista que tinha de até 10 pessoas pra mandar novas atualizações do blog. Bom que leu x)

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  3. Coisa boa não vinga e vaso ruim não quebra!
    Brasil, um país de todos (os 80% de analfabetos funcionais).
    Então vamos celebrar a estupidez humana... (RR)

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  4. Coisa boa não vinga e vaso ruim não quebra!
    Brasil, um país de todos (os 80% de analfabetos funcionais).
    Então vamos celebrar a estupidez humana... (RR)

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